Nutrindo a mente: como a alimentação influencia a saúde mental

Especialista revela quais alimentos podem contribuir para uma mente mais saudável

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Imagem: Freepik

O que comemos desempenha um papel crucial na manutenção da saúde física, mas sabia que uma alimentação balanceada também contribui para o equilíbrio emocional e cognitivo? Aproveitando a campanha “Janeiro Branco”, que vem para trazer um debate sobre a importância do cuidado com a saúde mental, o nutricionista Jayme Netto revela que uma dieta equilibrada não apenas nutre o corpo, mas também sustenta o funcionamento adequado do cérebro, influenciando diretamente o nosso bem-estar mental.

Mas afinal, o que comer para cuidar melhor da nossa mente?

“Alimentos ricos em nutrientes essenciais, como vitaminas, minerais e antioxidantes, desempenham um papel vital na promoção da saúde mental”, explica o especialista. Por exemplo, certas vitaminas do complexo B, presentes em alimentos como grãos integrais, peixes e ovos são cruciais para a produção de neurotransmissores responsáveis pela regulação do humor e do estresse.

Frutas e verduras

Uma alimentação balanceada precisa necessariamente ter a composição de vários tipos de alimentos. E, ao se tratar de saúde mental e alimentação, as frutas e vegetais são grandes estrelas. A ingestão desses alimentos é capaz de promover otimismo, melhorar o humor e a qualidade do sono, e até reduzir o estresse. “Frutas cítricas como laranja, limão, kiwi, abacaxi e acerola são ótimas opções porque têm altas taxas de Flavonoides e Vitamina C, dois componentes importantes para combater a ansiedade”, sugere Netto.

Vegetais de folhas escuras como espinafre, brócolis, agrião, couve e rúcula também possuem grande concentração de magnésio, que ajuda na produção de serotonina.

Efeito reverso

Por outro lado, um estilo de vida sedentário, aliado a uma dieta rica em alimentos processados, açúcares refinados e gorduras saturadas pode contribuir para o desenvolvimento da obesidade. “O excesso de peso pode desencadear uma série de desafios emocionais devido a vários fatores, incluindo a pressão social, estigma, autoimagem negativa e dificuldades relacionadas ao estilo de vida”, diz o nutricionista. Além disso, a obesidade pode desencadear um ciclo complexo de emoções negativas e comportamentos compensatórios. “Indivíduos podem recorrer à comida como uma forma de enfrentar o estresse emocional, criando assim padrões alimentares prejudiciais”, acrescenta.

Trabalho multidisciplinar

Jayme Netto reforça que a escolha consciente de uma dieta balanceada, composta por uma variedade de alimentos nutritivos, pode, sim, ser uma estratégia valiosa para promover a saúde mental, se conjugado a um tratamento terapêutico e atendimento com profissionais. “Cada indivíduo é único, e as necessidades nutricionais podem variar. Consultar um profissional de saúde, como um nutricionista, pode fornecer orientações personalizadas para otimizar a relação entre alimentação e bem-estar emocional. Além disso, a um psicólogo é fundamental para o cuidado com a saúde mental”.

Sobre Dr Jayme Netto
Graduado em Nutrição pela Universidade de Mogi das Cruzes e pós-graduado em Nutrição e Fisiologia aplicadas ao Exercício pela faculdade UNIGUAÇU, Jayme Netto tem mais de 10 anos de experiência no meio de academias e é um entusiasta no conhecimento e tratamento da obesidade. Saiba mais em https://jaymecanetto.com.br/.

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